O mundo assiste, entre incrédulo e horrorizado, a atuação de Donald Trump.
Imagem de CNN Brasil.
Não tem jeito. Quando vejo uma entrevista de DonaldEl Trump, suas frases bombásticas pronunciadas de maneira pedante, a pose que assume ao final de cada frase ( olhar duro, cabeça erguida, a boca fazendo um pequeno esgar de arrogância ), penso imediatamente em Benito Mussolini. Veja registros visuais do passado e perceba. O Duce era exatamente assim. Soltava suas pérolas e as acompanhava com uma pose, mãos na cintura, cabeça erguida e boca fechada quase num bico. Infelizmente, as semelhanças entre os dois não param aí.
Trump vem afrontando o mundo no que diz respeito à política externa. Ele que havia prometido terminar a guerra da Ucrânia em apenas uma semana, agora oferece sua intermediação mediante o pagamento das reservas minerais daquele país. Funciona mais ou menos assim: ajudaremos vocês em troca do seu manganês, lítio, ferro, urânio, titânio, zircônio, etc. Ele quer direito de explorar as terras raras da Ucrânia, com minerias importantes para indústria eletrônica. Essas riquezas representam metade do PIB ucraniano. Uma bagatela.
O meu lado teoria da conspiração não deixa de pensar que Trump está no bolso de Putin. Vladimir sabe algo que Donald teme. Algo que pode acabar com a vida de Trump ( talvez literalmente, já que espionagem implica em pena de morte na terra do tio Sam ). Loucura ou não, certo é que Trump mostra vassalagem ao líder russo e a postura de Putin é suspeita. Primeiro houve o envolvimento na vitória de Trump na eleição contra Hillary Clinton. Depois Trump é encontrado com material ultra-secreto em Mar-a-Lago. Agora Putin afirma que Trump ganhou a eleição contra Biden e que, não fosse isso, a guerra sequer teria acontecido. Rússia e EUA caminhando juntos? Como isso é possível?
Esta semana, Trump recebeu o primeiro líder mundial na Casa Branca em seu governo: Netaniahu. O genocida israelense ( logo Israel, que devia abominar o genocídio ) afirmou sentir-se muito à vontade ao lado de Trump, o melhor líder americano para Israel, nas palavras dele. E Trump não decepcionou: pregou a saída dos palestinos de Gaza, sugerindo candidamente que vão para o Egito ou para a Jordânia. Disse que os palestinos não tem outra opção, pois a Faixa de Gaza é um monte de escombros e bombas não detonadas. Qualquer palestino sabe, por experiência própria ou por conhecer história, que sair de Gaza implica em nunca mais voltar...
E foi além: disse que os Estados Unidos podem assumir a faixa de Gaza e transformá-la em uma "Riviera". Cinismo, insensibilidade, interesse, maldade pura, ou o quê? Claro, ele está pouco se lixando para o povo palestino, como pouco se importa com latinos, negros, etc. O homem é um poderoso poço de preconceito. E segue apregoando suas barbaridades com ar arrogante e imitando as poses de Mussolini.
Os americanos já se retiraram do Acordo de Paris. Agora deixaram o Tribunal de Direitos Humanos da ONU. Pararam de contribuir com o fundo de auxílio aos refugiados palestinos. Abandonaram a OMS e ameaçam abandonar a UNESCO. É uma avalanche de más notícias. Os EUA são maior e mais antiga democracia do mundo, o coração mundial da democracia, na verdade. Agora este coração sofre taquicardia constante e tem seus vasos entupidos pelo pior colesterol - ódio. A democracia mundial na UTI. Algo que já vimos antes, nos anos 30 do século passado.
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