As verdadeiras pessoas de bem não aguentam mais.
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Até ontem o Brasil assistia apenas às manifestações de bolsonaristas e negacionistas. Investindo contra todos valores democráticos, apropriando-se do verde/amarelo, desrespeitando os cuidados contra a pandemia, promoviam seu lamentável espetáculo. A grande maioria do povo brasileiro, preocupado em não aglomerar e manter o isolamento, mantinha-se à distância, protestando apenas em panelaços. Até ontem…
O povo, farto da pandemia e de Bolsonaro, foi em grande número às ruas em todos estados do país ( e até no exterior ), para protestar contra o pior governo da história do Brasil e pedir o impeachment do Presidente da República. As pessoas usavam máscaras e os organizadores tentaram manter as pessoas em filas para garantir o distanciamento social. Mas, sim, claro, houve aglomerações, o que é de se lamentar.
O fato é que as pessoas não suportam mais o governo Bolsonaro. Em especial, não suportam mais o próprio Bolsonaro. Afinal, não é exagero dizer que o Presidente da República é responsável direto por milhares de mortes. Não é possível precisar quantas pessoas Bolsonaro matou. O atraso na vacinação, o desperdício de recursos com o kit-Covid, os baixíssimos números de testes, a ausência de coordenação nacional pelo Ministério da Saúde, a inexistência de uma campanha nacional contínua de conscientização, os péssimos exemplos que Bolsonaro deu todos os dias, desfilando sem máscaras e causando aglomerações, tudo isso forma um conjunto probatório a respaldar eficientemente um libelo acusatório para acusar o Presidente da República de genocídio. Teria matado 50 mil pessoas? 100 mil? 250 mil? Impossível dizer… mas com certeza Bolsonaro matou milhares de pessoas.
Além disso, o Brasil é um completo desgoverno. Bolsonaro pensa que governar é fazer suas patéticas lives semanais, falar para os descerebrados que riem de suas bobagens no cercadinho do Alvorada, desfilar de moto ou de cavalo. Tudo, menos trabalho. Isso talvez seja compreensível, considerando que Bolsonaro nunca trabalhou, exceto, talvez, no período de sua curta e vergonhosa carreira militar. Depois disso, foram quase 30 anos sem trabalhar, sem uma ética de trabalho. E não estou dizendo aqui que políticos não trabalham, ao contrário. Estou dizendo que o político Bolsonaro não trabalhou, pois apresentou apenas 2 projetos em 27 anos de mandato.
Os ministros que tentam trabalhar são afastados, porque Bolsonaro não quer ninguém que lhe faça sombra. Guedes fracassou em seu projeto liberal, a educação nunca esteve tão desamparada, o Itamaraty enfrentou seu nível mais baixo, o ministro do Meio Ambiente ataca a natureza… nada funciona neste desgoverno.
Pra piorar, Bolsonaro é uma figura execrável. Incompetente, grosseiro, estúpido, miliciano, violento, psicopata, patético, despreparado, arrogante, todos estes são adjetivos adequados ao Presidente da República. Mas talvez o adjetivo mais adequado seja boçal. Boçal significa um sujeito sem cultura, tosco, rude, ignorante. Por extensão, boçal também significa um indivíduo desprovido de inteligência, sensibilidade, sentimentos humanos, besta, estúpido e tapado. Sim, não há dúvida… a palavra correta para adjetivar Bolsonaro é boçal.
Por não suportar mais tanta boçalidade, por não aguentar mais o boçal que ocupa o Palácio do Planalto, as verdadeiras pessoas de bem, mesmo lamentando quebrar as regras de isolamento, foram às ruas de todo o país para protestar. É preciso terminar o desgoverno Bolsonaro, é urgente iniciar verdadeiramente o combate à pandemia. Começou ontem. E não vai parar por aí.
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