Retirar o genocida autoritário do poder virou uma questão de sobrevivência nacional.
Imagem de Clker-Free-Vector-Images por Pixabay
Em toda a história republicana do Brasil, jamais um Presidente deu tantos motivos para ser afastado. Mais do que apenas afastado, Bolsonaro já deu razões de sobra para ser preso e eternamente execrado pelo povo brasileiro. Agora, pressionado pelo fracasso absoluto da gestão federal no combate à pandemia e pela total inércia de seu governo em qualquer área, voltou com o discurso autoritário.
Ontem, no cercadinho do Alvorada – onde o verdadeiro Bolsonaro se pronuncia – vomitou esta pérola sobre a nação: Quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as suas Forças Armadas. Novamente retoma o tema de um suposto combate ao socialismo/comunismo, como se esta não fosse uma discussão pra lá de ultrapassada. Novamente coloca as Forças Armadas em uma situação delicada, como se realmente tivesse poder de manipular os comandantes militares.
O mesmo discurso autoritário de 2019 está sendo retomado agora. Temos esperança & convicção que os mesmos militares que não lhe deram ouvidos então, tampouco o farão agora. Não é mesmo crível que generais de escol e sólida formação se submetam a um capitão reformado, alguém que já deu provas suficientes de falta de preparo moral e intelectual para qualquer mínima tarefa, quanto mais comandar o país.
Seja pelo discurso autoritário e a constante ameaça às instituições, seja pelo verdadeiro genocídio que sua irresponsabilidade no trato da pandemia já causou, seja por cada vez mais liberar armas/munições para milícias e impedir seu regular rastreamento, Bolsonaro ofereceu todos motivos para sofrer um impeachment.
É bem verdade que as próximas eleições para a mesa da Câmara dos Deputados – marcada para o próximo dia 1º de fevereiro - impede qualquer movimento agora. Mas desde que Bolsonaro fracasse em seu intento de também dominar o Poder Legislativo, o que realmente faria com Arthur Lyra no comando, talvez soe o sino do apocalipse sobre o pior político que esta terra já viu.
Porque, em verdade, o impeachment já é tardio. Deveria ter sido feito já em 2019! Teríamos poupado o Brasil de grande parcela do sofrimento de 2020. Deveria ter sido feito quando Mandetta foi afastado. Quando Moro foi afastado e Bolsonaro iniciou o aparelhamento do Estado. Quando foi divulgada aquela patética reunião ministerial que envergonhou o país. Deveria ter sido feito um mês atrás, dias atrás, ontem, deve ser feito quanto antes... pelo bem do Brasil.
Comments