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KATY PERRY EM CURITIBA: A GAROTINHA RELIGIOSA QUE VIROU RAINHA LGBT


Katy Perry, de menina religiosa a ícone gay faz um show espetacular em Curitiba



Katycats devem ainda estar vivendo a emoção do espetacular show de som, luzes, e, principalmente, dos próprios espectadores, um espetáculo em si. A festa na Arena da Baixada foi tribal, um retorno dionisíaco às origens da humanidade, em que a comunidade se reúne em um momento mágico onde se fundem canções, danças, bebidas, luzes.

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Humanidade e a divindade se unem, e a patética existência quotidiana do homem comum se torna palatável.


Dialeticos faz um apanhado do início da carreira de Katy Perry, desde sua origem religiosa a espetacular estréia com I Kissed a Girl. Os trechos em asteriscos foram retirados da biografia de Katy Perry, escrita por Alice Montgomery, disponível na Amazon Books, aqui.


(Hatsuo Fukuda)

 

KATY PERRY, A FILHA DE PASTORES EVANGÉLICOS

 


Os pais de Katy Perry, pastores religiosos,  dera, a ela autoconfiança.

Katy é filha de pastores evangélicos de Santa Bárbara, Califórnia, e viveu

uma infância ultraprotegida, e, até quase o início da adolescência, em um meio fechado. As canções que cantava, em casa e na igreja, eram hinos religiosos. Essa infância deu a ela algo fundamental em sua vida: o saber-se amada pelos seus pais e irmãos, pela família. 


A autoconfiança que desde cedo ela revelou é fruto do amor que seus pais demonstraram toda a vida da Little Katy. E a igreja, onde ela cantava, desde cedo percebeu seus talentos musicais, e deu a ela sua primeira guitarra. Seus pais eram pobres demais para se permitir isso.

 

KATY DÁ OS PRIMEIROS PASSOS NO MUNDO: DOS PUEBLOS HIGH SCHOOL

 

Dos Pueblos High School é uma escola especial, onde Katy Perry deu seus primeiros passos fora do mundo fechado da religião.

Quando seus pais voltaram a Santa Barbara, e Katy foi para Dos Pueblos High School, em Goleta, uma escola que, além dos cursos acadêmicos, proporciona aos alunos exposição a música, teatro, esportes, comunicações, a garota Perry, com sua vocação artística, encontrou um terreno fértil para seus talentos. Lá foi o primeiro palco onde se apresentou, fora as apresentações no coral da igreja.


Sua autoconfiança já era evidente para todos, pois transitava nas diversas tribos da escola – nerds, atletas, emos, excluídos, com facilidade (como uma borboleta, ela diria anos depois).

 

A RAINHA DO CAMP DESCOBRE SEU ESTILO

 

A pobreza da família gerou uma outra consequência duradoura. A jovem Katy, sem dinheiro para comprar roupas de grife, percorria brechós a procura de roupas. Isso resultou em um estilo próprio, que seria útil em sua futura carreira musical. Seu look Rainha do Camp (segundo a revista Rolling Stone) tem suas raízes aí.

 

O PRIMEIRO DISCO: KATY HUDSON CONVERSA COM DEUS

 


How could I see you when I was so blind? How could I grasp you when I was far behind? How could I hear you when I was so deaf? How could I get up when I had been left? And I've set the captives free And You said, don't worry, oh For all you've gotta doIs put your trust in me, yeah

 

Katy se mudou para Nashville para perseguir uma carreira musical. De cantora evangélica, claro.     

 

"Trust In Me" ... foi minha primeira tentativa de compor", escreveu ela. "Eu estava me sentindo um pouco deprimida na época e pensando em todas as coisas que tinha feito de errado. Sentia que eu era óleo e Deus era água, e eu simplesmente não me misturava. Comecei a escrever sobre isso e Deus colocou paz em meu coração. Eu realmente senti que Ele estava dizendo: 'Não se preocupe, criança, confie em mim'. Eu só precisava abrir meu coração para o processo de cura."

 

KATY PERRY MOSTRA SUAS GARRAS: LONG SHOT

 



Com o namorado, Matt Thiessen, da banda Relient K, Katy compôs uma música, Long Shot, que acabou entrando em um álbum de Kelly Clarkson. Nesta canção, Katy mostra suas garras.

 

"Eu namorei a Katy e, durante esse tempo, ela estava trabalhando no disco dela, e eu simplesmente a acompanhei como namorado. Felizmente, minhas habilidades musicais foram colocadas em prática e me deixaram ajudar a compor”.

 

UR SO GAY: PREPARANDO A ESTRÉIA DA FUTURA POP STAR

 



Madonna ouviu e gostou. E anunciou a chegada de uma nova estrela. Mas alguns gays se sentiram ofendidos, na época.

 

“Lançamos "Ur So Gay" como single, como uma espécie de introdução, porque pensamos que teríamos que reconstruir a história dela novamente. Era uma espécie de música inovadora. Nunca tivemos planos de ir para o rádio - só queríamos lançar online e ver qual era a atração. Gravamos um vídeo de baixo orçamento e a resposta foi ótima. Não esperávamos vender 50.000 EPs e com certeza não vendemos - vendemos apenas alguns milhares. Na minha opinião, foi um bom trabalho em termos de construção de uma matéria para a imprensa”.

 

A EXPLOSÃO: I KISSED A GIRL




I Kissed a Girl foi um sucesso instantâneo, número 1 do Bilboard Hot 100 por sete semanas. Religiosos e gays não gostaram. O público adorou.

 

“No geral, a impressão do vídeo era de uma inocência colegial contrastada com uma letra um tanto obscena: Katy cantava de forma safada, mas com uma voz limpa – um truque que ela aperfeiçoaria em muitas ocasiões futuras. Até o vídeo pareceu ofender, no entanto, com o The New Gay se opondo ao fato de a Barbie Ken não ter virilha. Seria isso um insulto implícito também? "Conheço homens gays que são mais homens do que alguns dos homens com quem dormi", disse Katy,


No show, quando canta I Kissed a Girl, ela se enrola na bandeira LGBT. Orgulhosamente.


Hatsuo Fukuda é o editor do site dialeticos.com

Hatsuo Fukuda é o editor do blog. Não é uma katycat, mas adora música e gente irreverente. Portanto, gosta de Katy Perry.

2 comentários


Wel Mazurek
25 de set.

Texto brilhante, em poucas linhas contou a trajetória dessa artista ímpar! Parabéns!

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Convidado:
25 de set.
Respondendo a

Obrigado, Wellington Mazurek. Que bom que gostou.

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