O desgoverno é uma bagunça corrupta ou uma corrupção bagunçada…
O documento que o governo - por intermédio de um indignado Onix Lorenzoni - disse que era falso, provou-se definitivamente verdadeiro. Os documentos que o governo - por intermédio de um arrogante Élcio Franco - apontou como verdadeiros, mostraram-se uma fraude grosseira. Um vexame!
Não bastasse o governo receber um PM vendedor nos altos escalões do Ministério da Saúde, não bastasse entrar em sérias negociações para aquisição de 400 milhões de doses da AstraZeneca por meio de um intermediário que não representa aquela empresa, não bastasse negociar as vacinas mais caras e inflacionadas antes sequer de sua aprovação pela Anvisa, agora o governo mete os pés pelas mãos na tentativa de explicar o inexplicável. O contrato mais surreal da história da administração pública.
Chega a ser patético ver uma servidora de carreira buscando justificar sua atuação, perdendo-se nas datas, responsabilizando outros setores, evadindo-se às responsabilidades óbvias. Foi o que se viu de Regina Célia Oliveira no dia de ontem. E é ridículo o nível de atuação da tropa de choque do governo que, numa cantilena estúpida e cansativa, continua afirmando que não foi gasto um centavo sequer e, assim, no entender deles, não há razão para tanta celeuma. Como se crimes tentados não merecessem a devida punição…
A CPI da Covid-19 está escancarando o que a maioria já sabia, mas que a minoria renitente precisa ainda entender: o governo Bolsonaro é corrupto, mas muito corrupto, tão corrupto quanto é possível ser a milícia no poder. O escândalo Covaxin está hoje tão demonstrado quanto as rachadinhas que engordaram as contas do Senador Flávio Bolsonaro. Só não vê quem não quer.
As rachadinhas, aliás, são um pesadelo que voltam a assombrar o clã Bolsonaro. Agora, as últimas denúncias atingem o próprio Jair. E vêm de pessoas tão próximas quanto podem ser os vínculos familiares. Nada de novo, também. É sabido que a rachadinha é prática comum a todo clã Bolsonaro, ao menos a todos que conquistaram um mandato popular.
Rachadinhas à parte, o caso Covaxin prova que Bolsonaro prevaricou. E, se prevaricou, é bem possível que estivesse envolvido, apenas aguardando a sua parte. Assim como aguardava em seu gabinete de parlamentar os pagamentos das rachadinhas. Escândalo. Vergonha. Corrupção. Até o pescoço...
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