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DELEGADO PLÍNIO CONTRA A OKW

Uma aventura do delegado Plínio.


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Imagem de gemini ia.


15. O SANGUE SEMEARÁ A TERRA


Coronel Maribete toma a decisão: atacar.



A Coronel Maribete observou atentamente o grande mapa que apareceu na tela. Toda a fronteira estava minuciosamente detalhada. Os locais de ataque em vermelho, a concentração de tropas da Patrulha em azul. A um toque, surgiam imagens e detalhes dos locais a serem atacados. Ela observou, satisfeita, as informações coletadas pelo delegado Plínio sobre os locais de passagem na fronteira. A Patrulha tivera acesso a todos os relatórios que Plínio enviara ao DG e a partir delas mapeara as rotas e as fortalezas da OKW. Plínio jamais imaginaria, pelas suas andanças na fronteira, que a OKW teria tamanho poder de fogo. Era realmente um exército. Locais de treinamento de seus soldados estavam mapeados. O número de homens e armas lá estavam. Maribete estimava que as informações tinham 99% de acurácia. A força militar da OKW não era mais um segredo.


Harry Smith lá estava, silencioso, olhando para o alto, ouvindo distraído os relatórios, fumando um charuto. Ele se comportava como se fosse o dono da boate, assistindo o show que ele idealizara com os cantores e dançarinos que ele ensaiara exaustivamente. Agora que o espetáculo ia começar, ele já estava entediado, pensando no próximo.


A Coronel Maribete ouvia os relatórios e pensava no risco que corria. A operação era totalmente ilegal, e todos sabiam disso. Nenhum governo oficialmente sabia do que estava acontecendo. Todos faziam cara de paisagem ao tomar conhecimento da quantidade de helicópteros, barcos, drones, satélites, armas pesadas e leves que faziam parte da Patrulha. Todos sabiam que cedo ou tarde o equipamento seria utilizado. E o momento chegara. A decisão final seria de Maribete, e de mais ninguém. A OKW tinha se transformado em um Estado dentro dos Estados, e Maribete não acreditava em soluções diplomáticas. Qualquer solução deveria começar pela destruição da força armada da OKW. E para isso existia a Patrulha. Outras providências deveriam ser tomadas, mas não caberiam a Maribete. Ela faria o que sabia fazer: matar sem piedade.


Um oficial se aproximou com uma mensagem. Era o delegado Plinio informando a descoberta do QG da OKW. A tela foi atualizada imediatamente. Imagens de satélite em tempo real do local da reunião surgiram. Fotos por ele enviadas da chegada de Ingrid Muller ao local da reunião apareceram na tela e o reconhecimento facial confirmou sua identidade. Outras fotos tiradas por Pepe Filho durante os dias de campana foram colocadas na tela. As equipes começaram a trabalhar furiosamente para identificar os dirigentes da OKW que lá estavam. Uma tela lateral começou a pipocar com fotos e perfis dos participantes. As informações começaram a aparecer. Gente do mundo inteiro lá estava. Moscou, Kiev, Berlin, Varsóvia, Riad, Johannesburg, Washington, Nova Iorque, Londres, Toquio, Seul. Um proeminente membro da comunidade de inteligência de Israel lá estava, mostrando que a OKW já abandonara os preconceitos antissemitas. Banqueiros, industriais, magnatas da indústria tecnológica, petroleiros, não havia setor econômico importante que não estivesse representado. Pepe Filho destampara uma mina de informações que levariam anos para processar e entender.


Maribete tomara a decisão. Ela pessoalmente comandaria a equipe que entraria no quartel-general da OKW. Harry Smith esboçou uma reação, mas manteve-se em silêncio. Era inútil discutir com ela. Plínio, informado, contestou a decisão. Ela seria imprescindível no comando, disse. Ele aguardaria a equipe que atacaria o QG; Maribete ficaria na central de operações. Um dos oficiais o apoiou, atraindo a ira de sua chefe. Mas Maribete era uma chefe conscienciosa. Sabia que seus subordinados apoiavam a decisão. Controlando a raiva, ela concordou. Plínio atacaria o QG com a equipe de busca.


A ordem foi dada. Os helicópteros carregados de soldados da Patrulha partiram. O sangue semearia a terra.



Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos e pessoas são mera coincidência. O site não se responsabiliza pelos desatinos do autor. A  publicação poderá ser interrompida a qualquer momento, caso o autor morra de morte morrida ou matada ou seja internado por insanidade mental. Toda terça-feira, neste site, um novo capítulo.   




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