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DELEGADO PLÍNIO CONTRA A OKW

Uma aventura do delegado Plínio.


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Imagem de Gemini.IA



9. A BELA DANÇANTE


A loira não está de luto.


O Delegado Plínio, a Coronel Maribete e Mirtes analisaram os vídeos do show de Michel Teló. Milhares de vídeos haviam pipocado nas redes sociais. No camarote ao lado de Mirtes, um grupo animado festejava. A loira mais velha foi imediatamente reconhecida. Plínio ainda se lembrava de seu perfume suave e envolvente, seus seios firmes, sua postura ereta, seu olhar sereno mas dominador, seu gosto por música sertaneja, e da eletricidade que percorreria o ambiente onde ela estivesse. Mas manteve a postura neutra. Ingrid Müller, a bela fazendeira, não estava de luto pela morte do marido Maneco.


Mirtes observou Plínio curiosa. Ela sabia que ele não conseguia resistir ao apelo da beleza feminina. Normalmente isso não a incomodaria, mas desta vez a mulher que ele cobiçava era sua futura assassina. Isto a incomodava.


A Coronel Maribete observou atentamente a mulher dançando e cantando no vídeo. Maribete, a matadora da fronteira, vivia à beira do abismo, e não desprezava os instintos. Sabia que eles funcionavam e muitas vezes havia sido salva da morte por razões que ela não saberia explicar. Assim, quando foi procurada pelo Delegado Plínio e por Mirtes, aceitou naturalmente a explicação sobrenatural apresentada por ela. Era uma das peças do quebra-cabeças que eles tentavam armar. Mas isso deveria ser confirmado por outros fatos palpáveis. Mas era possível. Ingrid Müller e seu papel como fazendeira e criadora de gado na fronteira seria uma fachada perfeita para uma organização criminosa. Ela seria colocada na lista de vigilância da Patrulha da Fronteira e seus passos seriam acompanhados a partir deste momento.


A outra jovem era desconhecida. Tinha menos de vinte anos, era magra e quase sem seios, cabelos loiros finos. Vestia-se muito bem, e não se comportava como o outro homem, evidentemente um guardião. Mas tudo indicava que era uma guarda-costas, pelo desinteresse no show, pelo olhar atento, frio e observador. Maribete, em determinado momento, pausou o vídeo e disse:


- Ela carrega uma faca na cintura. Observem.


Era verdade. No momento em que ela se virou, uma saliência na cintura desenhava uma faca. Igual a que a Coronel carregava, também na horizontal. Maribete havia sido treinada pela CIA, em Langley, e uma de suas especialidades era o uso de armas brancas. Ela passara em primeiro lugar no curso, e depois ficou conhecida como matadora da fronteira, pelo uso da faca.


Plinio se lembrou da foto da jovem Irina, aos 11 anos de idade, tirada dos registros do Grupo Escolar de Platônia. As imagens foram superpostas, e imediatamente deram match. A jovem loira era Irina Holtz, amiga de Mateus.


Eles se olharam um ao outro, em silêncio. Haviam estabelecido as conexões entre os assassinatos de Maneco e Marcos da New Look e a OKW.


 

Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos e pessoas são mera coincidência. O site não se responsabiliza pelos desatinos do autor. A  publicação poderá ser interrompida a qualquer momento, caso o autor morra de morte morrida ou matada ou seja internado por insanidade mental. Toda terça-feira, neste site, um novo capítulo.   




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