DO TEMPO EM MIM
- Melissa Zampronio

- 25 de jul.
- 1 min de leitura
Sou uma manta fina de gelo sobre o vidro do carro abandonado

Imagem de Gemini IA
Faço parte da loucura e dos verbos cansados; dos barcos à deriva e do café gelado. Sou uma manta fina de gelo sobre o vidro do carro abandonado; sou a tormenta e a lucidez dançando juntas após violento combate.
Não há palavra que melhor descreva meu estado de consciência do que: único. É único o meu presente e nele despejo todas as vontades que vinham e voltavam do refluxo do passado.
Se nada devo ou nada recebo, resta-me o saldo nulo do equilíbrio vazio. Ouço um falatório surdo vindo de pensamentos confusos e cheios de remorso e de angústia, mas a falta de concentração me leva a concluir, erroneamente, que se trata de apenas um ruído no silêncio sólido do tempo










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