MENDIGOSManuel Rosa de Almeida15 de dez de 20211 min de leituraUm poema de Manuel Rosa de Almeida Imagem de Free-Photos por Pixabay Deitados no petit-pavé Descobertos os pés sujos O que, afinal, você vê Naqueles de cujos Destinos pouco se dá? Será que sonham ainda Será que fazem planos Ou ainda contam os anos Da vida que lentamente finda No vazio que ainda há? Há os que se renderam Ao crack e à cachaça Há os que se perderam Na eterna trapaça De memorar o memorado. Há os que cultuam O próprio sofrimento É o destino, murmuram E o murmúrio é um lamento Ecoando na alma do desolado. Será que sob os cabelos duros Vagam lembranças da criança Que um dia riu, comeu goiaba Aninhou-se no colo materno Tranquila, da vida distraída? Será que os sonhos puros Acalentados na bonança Acabaram assim, como acaba Tudo que é bom e terno Toda flor, toda asa abatida? Pobre mendigo deitado no petit-pavé Queria ver em ti o menino Que um dia tua alma revestiu. Tomar-lhe a mão e dizer: vê! Alça o voo, ouve o sino É tudo ilusão, nada existiu…
General Heleno com Alzheimer. Bolsonaro Hic Hic era Presidente. Demerval Quaresma também quer ser Presidente da República.
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