Kamala Harris liquidou Donald Trump no debate, ganhando um novo alento. Os apostadores já a dão como vencedora, por uma pequena margem.
Fonte: Jovem Pan
O grande acontecimento eleitoral da semana passada foi o debate entre os candidatos, na terça-feira, dia 10 de setembro. O momentum Kamala, que vinha num crescendo desde o lançamento de sua candidatura, atingindo o auge com a Convenção Nacional Democrata, estava arrefecendo. Trump, lentamente, estava recuperando forças, o que alertou os apostadores. O site de apostas Polymarket já dava Trump como vencedor da corrida presidencial. Os apostadores, lendo as pesquisas, concluíram que a vantagem de Kamala – dentro das margens de erro - não seria suficiente para que ela garantisse os Swing States, o que levaria à vitória de Trump.
No debate, Kamala esteve totalmente no controle. A agenda foi dela. Trump, sendo Trump, sem controle emocional e político, mordeu todas as iscas que Kamala jogou, transformando o debate em um show – The Kamala Harris Show – onde Trump era o alvo para suas tiradas. Foi patético, para não dizer humilhante.
Polymarket reagiu instantaneamente. Kamala ganhou, naquela noite, 4 pontos entre os apostadores, empatando com Trump, aumentando nos dias subsequentes. No domingo, dia 15 de setembro, Polymarket dava 51/48 a favor dela. Real Clear Politics, que acompanha também os sites de apostas, que na semana anterior ao debate dava empate, colocava Harris a frente, 51,3 a 47,1. Nenhum dos sites de apostas dava Trump como vencedor.
Arrisco um palpite. Como a eleição será vencida por pequenas margens nos Swing States – alguns milhares de votos em cada Estado -, o alvo dos debatedores seria o eleitorado indeciso, seja republicano moderado, seja democrata, seja o eleitor independente. Kamala apareceu claramente presidenciável e senhora de si; Trump mostrou-se fraco, despreparado e radical. Ela ganhou pontos com os indecisos, melhorando suas possibilidades de vitória. Kamala, no debate, começou a escalada para transformar a eleição em um referendo sobre Trump. Se conseguir, suas chances de vitória serão muito maiores. Mas debate não ganha eleição, como Hillary Clinton já sabe. Ela ganhou os debates com Trump, em 2016, mas quem ganhou a eleição foi Trump.
Kamala ganhou novo fôlego, o que se refletiu também nas finanças. Em 24 horas após o debate ela arrecadou 48 milhões de dólares. Resta ver até onde esta nova onda a levará.
Os candidatos prosseguem na disputa. Trump foi para a Califórnia, onde ameaçou novamente com a deportação em massa de imigrantes, começando por Springfield, Ohio, onde imigrantes haitianos estariam comendo gatos e cachorros dos pacíficos cidadãos americanos; Kamala foi para North Carolina e Pennsylvania seduzir eleitores em redutos republicanos.
Em alguns Estados a votação pelo Correio já começou.
Faltam sete semanas para o dia 5 de novembro. Acompanhe aqui, toda terça-feira.
O Papa Francisco, como o resto do mundo, também acompanha as eleições americanas. Para ele, os eleitores deverão escolher entre o menor dos males, pois ambos os candidatos são contra a vida. Kamala, por ser favorável ao aborto; Trump, por ser contra a imigração. Para ele, os católicos americanos enfrentam uma difícil opção. O Santo Padre não disse, mas subentendido estava o pensamento evangélico: dar a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus.
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