Um poema de Manuel Rosa de Almeida para sua netinha.

Imagem de Free-Photos por Pixabay
Bonita como ela só
Minha bonequinha esquimó
Tesouro do meu sangue
Minha bonequinha Kaingang.
Cabelos pretos e revoltos
Como campos de arroz envoltos
Pela escuridão da lua nova.
No cinza-escuro de sua olhada
Quase não há branco contido
Tão grande a impressão desta cor
Que seus olhos parecem falar.
Assim como quem não quer nada
Diz com olhar distraído
Eu já pisei no palco
O espetáculo vai começar!
Uma mãozinha na orelha dança
E o pezinho de um polegar
Dá chutinhos mansos no vazio.
Mamãe, papai, acabei de chegar
Mas entrei de vez neste rio
Da vida, da tormenta, da bonança.
Bonita como ela só
Minha bonequinha esquimó
Tesouro do meu sangue
Minha princesinha Kaingang.
留言