QUATROCENTAS VEZES
- Manuel Rosa de Almeida
- 14 de mar. de 2020
- 1 min de leitura
Um poema de Manoel Rosa de Almeida.

Imagem de Jim Semonik por Pixabay
Se fosse única a jornada
Se o final fosse certo, inevitável
Se o propósito fosse a vida
Se realmente importasse o tempo.
Então perder a pessoa amada
E amigos tantos, na insaciável
Senhora da terra perdida
Para nada haveria alento.
Mas se na infinita jornada
Em busca do inefável
Viver fosse ferramenta medida
Ao encontro do eterno sustento
Todos reunidos nesta morada
Amigos, amada, o memorável
Juntos no que já não é vida
Naquilo que não tem intento.
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