top of page
Foto do escritorTião Maniqueu

RESPONSABILIDADE PELAS MORTES II

Ainda não atingimos o pico da pandemia e o Presidente permanece sendo o principal fator contrário às ações de combate à COVID-19.




Imagem deJL GporPixabay


Publicamos “Responsabilidade pelas Mortes” no dia 30 de abril. Naquela ocasião, o Brasil apresentava um total de 85.000 contaminados pelo coronavírus e 5.900 mortos. Hoje o número de contaminados extrapola o meio milhão, o total de mortos ultrapassa os 36 mil e as mortes diárias rondam a casa dos 1.500. Para quem ainda discorda da afirmação de que o Presidente Jair Bolsonaro é o principal responsável por estas mortes, levantamos alguns fatos incontestáveis:


  • Omissão: Embora, a princípio, o Ministério da Saúde fizesse o papel de coordenação dos esforços nacionais no combate à pandemia, depois da defenestração de dois ministros, agora não coordena nada. É impressionante a omissão do Presidente Bolsonaro que insiste em negar a gravidade do problema e não assume seu papel de principal mandatário do país.


  • Falta de empatia: O Presidente não falou em rede nacional sobre a pandemia sequer uma vez. Em momento algum levantou a voz para encorajar o povo brasileiro, para orientar a população, sequer para confortar os enlutados. Ele simplesmente não compreende que a palavra do Presidente da República tem muito peso e é esperada por grande parte da população.


  • Medidas equivocadas: Bolsonaro já afastou dois Ministros da Saúde que tentavam fazer o bom combate à pandemia: Mandetta e Teich. Agora o Ministério possui um militar, uma pessoa sem qualquer intimidade com a área da saúde, como ministro interino. A interinidade já dura semanas. As medidas desde então vão na contra-mão da orientação mundial, como pela recomendação do uso da cloroquina e a censura aos dados diários.


  • Maquiagem dos dados: Depois de alterar os boletins do Ministério da Saúde, que passaram a atrasar a divulgação dos dados e a retirar elementos de informação, agora o governo Bolsonaro fala em recontar o número de mortos, acusando os estados federados de inflar as estatísticas. Além de criar um problema grave de relacionamento justamente quando os esforços públicos deveriam ser conjugados, passa uma mensagem de incerteza à população.


  • Mau exemplo: Desde os primeiros dias, Bolsonaro deu mau exemplo à população: comparecendo em aglomerações públicas sem máscara, cumprimentando pessoas, descumprindo orientações oficiais, o Presidente Bolsonaro é o principal garoto propaganda do coronavírus. É realmente impossível aferir quantas pessoas ele matou com seu mau exemplo, mas certamente os números seriam menores se o Presidente tivesse jogado junto com os esforços nacionais.


  • Boicote a estados e municípios: Focado apenas em seus interesses políticos, Bolsonaro segue atrapalhando governadores e prefeitos, os reais líderes do combate à pandemia em nosso país. Atrasando a sanção de projetos importantes, recusando-se a repassar recursos, a Presidência da República segue sendo o principal fator de perturbação no combate que a nação faz ao vírus.


  • Economia: sequer na economia, sua única bandeira atual, o governo federal age bem. Seus programas sociais de apoio à população e aos empresários são tímidos, burocratizados e atrasados. As medidas não têm conseguido responder às necessidades das pessoas. Sem apoio oficial - que deveria vir prioritariamente da União - muitas pessoas simplesmente não conseguem manter o isolamento.


Então, amigo, convenceu-se? Esta breve, embora assustadora lista, apresenta apenas fatos incontestáveis, de conhecimento nacional. Não há maquiagem aqui. Infeliz, trágica e terrivelmente, nossa principal liderança é também o principal responsável pelas 35 mil mortes e pelas milhares que ainda virão.



Commentaires


bottom of page