Até quando vai o sofrimento alviverde?
Imagem de Facebook.
Em 1977 o Coritiba concluiu a reforma de seu estádio e resolveu mudar seu nome. Assim o antigo estádio Belfort Duarte passou a ser o novo estádio Antônio Couto Pereira. Uma justa homenagem, diga-se, pois Couto Pereira foi uma figura muito mais importante na história coxa que Belfort Duarte. E todo mundo ficou feliz. Exceto a filha de Belfort Duarte que lançou uma maldição sobre o clube, dizendo que não conquistaria mais títulos.
Aparentemente, a maldição falhou. Pois o Coritiba continuou a ganhar títulos estaduais, além do título mais importante de sua história: Campeão nacional de 1985. Hoje, contudo, depois de mais de dez anos de fracassos, a torcida alviverde está chegando à conclusão de que a maldição veio com um delay, iniciando em 2013.
Maldições & macumbas à parte, fato é que de 2013 pra cá a história do Coritiba é só desgraça. O time virou um Avaí ou um Náutico, times simpáticos, é verdade, mas que vivem numa rotina de rebaixamento à séria B, retorno à série A, novo rebaixamento e assim por diante. O coxa só luta para não cair. O 16º ugar no brasileirão passou a ser título para nós, comemorado delirantemente nas arquibancadas.
Este ano atingimos o fundo do poço ( se não for o fundo, meu Deus... ). O time está batendo todos os recordes de partidas sem vitória e faz a pior campanha desde que instituída a competição por pontos corridos. Apenas 2 pontos em 6 jogos.
Claro, esta diretoria fez o que pode para bater estes recordes. Vejamos: mandou o treinador Guto Ferreira embora depois de fazer um bom trabalho e preparar a base para 2023. Trouxe um treinador sem qualquer histórico positivo e foi um fracasso. Ao invés de demiti-lo depois do jogo com o Criciúma - quando qualquer pessoa que entende de bola viu que o time não passava de um amontoado desorganizado e voluntarioso - manteve o treinador, apenas para demiti-lo na estreia do brasileirão, após uma esperada derrota para o Flamengo no Maracanã. Se tivesse trocado após o jogo com o Criciúma, Zago teria ao menos uma pré-temporada para trabalhar.
Pensando em diretoria, concluo que somos mesmos amaldiçoados, zicados, azarados, o que seja. Quando elegemos um Presidente realmente promissor - Renato Follador - alguém com experiência administrativa, visão e capacidade gerencial, o destino assim não quis. A pandemia o levou, infelizmente. Porque o vírus não escolhe por critérios de competência, honestidade, etc. O vírus não tem razão ou coração.
E há outros sinais, evidentes. Somos o time que mais leva gol aos 50 minutos ou mais do segundo tempo. O time que mais perde de virada. Quando o time passa na frente do placar aí pelos 30 do segundo tempo, o coxa de verdade fica cabreiro e pensa: será? De novo? Sempre temos um Henrique pra manter essa tradição.
E que dizer do escândalo das apostas? Enquanto o rival é obrigado a afastar um lateral contestado pela torcida, nós coxas - amaldiçoados, zicados, azarados, o que seja - vemos o atacante mais promissor envolvido com essa vergonhosa corrupção. E afastamos a esperança de gols.
Sábado o coxa recebe o galo. A torcida estará lá, fazendo a maravilhosa festa que só se vê no Couto Pereira. Porque coxa bom é coxa presente. Mesmo ressabiado, imaginando outra derrota. Mesmo com medo de levar um gol no fim do segundo tempo. Mesmo sem Manga e Follador. Mesmo achando que a maldição de Belfort Duarte pegou. Somos amaldiçoados, zicados, azarados, o que seja...
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